Halysson Ferreira, de 22 anos, rouba a cena na chegada a Atibaia, em trecho dominado por Pindamonhangaba |
A poucos metros de cruzar a linha, Halysson olhou para os lados e botou as duas mãos na cabeça. Logo depois da chegada, ele desabou de cansaço e emoção. "Eu olhei e não acreditei que estava sozinho. Esta foi a maior vitória da minha carreira", contou depois da prova. Halysson pedalou a maior parte dos 144 quilômetros cronometrados entre Sorocaba e Atibaia junto com o pelotão, onde é mais fácil reservar energia.
Foi só faltando 13 quilômetros para o final que ele, junto com outros oito ciclistas, atacaram para alcançar a fuga principal, que chegou a ter quase três minutos de vantagem. "Nos últimos 200 metros da subida final eu já estava em terceiro, então usei toda a força que tinha sobrado e consegui chegar em primeiro".
O time de Halysson já está fora da briga pelo título geral por equipes, mas Rio Claro é, disparado, o melhor na categoria sub-23. Além de Halysson, 14º geral e segundo na sub-23, Rio Claro tem também o líder da categoria, Willian Chiarello, que é 11º na geral. Os dois atletas participam de seu segundo Tour do Brasil. "Nós apostamos nos garotos e eu tenho muita confiança neles, ainda vão ser grandes vencedores", contou o técnico Walter Hohne.
Pindamonhagaba assume a ponta por equipes - A disputa entre Pindamonhangaba e o time do líder José Eriberto, da Padaria Real/Caloi/Céu Azul Alimentos/Sorocaba continua ditando o ritmo das provas. Nesta etapa, Pindamonhangaba conseguiu o segundo lugar, com Breno Sidoti, e colocou quatro atletas entre os 15 primeiros, contra nenhum de Sorocaba. Com esse resultado, o time do Vale do Paraíba não somente toma a liderança por equipes, que era de Sorocaba, como também diminui para 55 segundos a vantagem que o sorocabano José Eriberto tem sobre Flávio Santos, o Baiano, na classificação geral individual.
Na posição de líder, Sorocaba precisou defender as fugas e evitar que o pelotão ficasse para trás durante todos os 144 quilômetros da etapa. Todo esse sacrifício teve seu preço. Na classificação por equipes, Sorocaba foi 11a nesta quinta-feira, e não colocou nenhum atleta entre os 15 primeiros.
"A única coisa que dá pra comemorar hoje é termos mantido a camiseta amarela de líder com o Eriberto", desabafou Evandro Souza Oliveira, o Coquinho, mecânico e assistente técnico de Sorocaba. Eriberto, 16º nesta quinta, soube defender a camisa amarela colando no adversário mais perigoso, o Baiano, 15º a cruzar a linha. Mesmo assim, a diferença, que já foi de quase dois minutos caiu mais sete segundos.
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