sexta-feira, 26 de abril de 2013

Supremacia e futebol moderno


Arthur Dafs é produtor do programa Esporte Na Rede, da UPTV

Mais uma vez a supremacia prevaleceu no futebol europeu. Estou falando do futebol alemão, um jeito diferente de jogar, ao estilo "Alemanha" de ser. A Seleção Alemã que há 12 Copas tem ficado sempre entre as quatro primeiras posições, participou de sete finais e se tornou bicampeã.

Em seus elencos aos longo dos tempos, nomes como Klinsmann, Schweinsteiger, Ozil, Sepp Maier, Beckenbauer, Oliver Kahn, Matthäus e Gerd Müller. O país é exemplo para qualquer comissão, tendo, nas últimas cinco edições de Copa do Mundo, sido considerada a sede do evento que obteve maior planejamento, organização e o país que mais economizou com o evento.

Nos últimos 10 anos, um sinal já se percebia, a Bundesliga mostrando ao mundo a forma de organizar um campeonato, atraindo fortes patrocinadores e sempre conseguindo levar excelentes médias de público aos seus estádios e arenas.

Dois clubes de mesma origem nacional, mas com características diferentes de atuar em campo, demonstraram que velocidade ao tocar a bola, forte marcação e excelente comportamento tático, é o que resulta na igualdade entre os dois times. Um futebol de muita marcação e jogadas que envolvem com muita rapidez o adversário, deixando geralmente a defesa desnorteada até ser anulada em qualquer tática aplicada.

Borussia e Bayern demonstraram nessa semana a força de um novo futebol alemão, além de dois clubes presentes na semifinal da Liga dos Campeões, impuseram-se com vitórias convincentes  e arrasadoras diante de dois clubes espanhóis badalados pela imprensa e pelo torcedor (Barcelona e Real Madrid).

Seria mostrar ao Barcelona, que não existe time invencível, como visto já na final da Champions contra o Chelsea em 2012, e que o futebol da modernidade mudou de país? Assim caminha o futebol alemão que tem enorme possibilidade de ter uma grande decisão no torneio de clubes mais prestigiado do futebol e ao final de 2013, proclamar a conquista de um título mundial, hoje ostentado pelo Corinthians.

Os destaques desses dois clubes ficam para o planejamento, organização, união e extrema dedicação a um futebol parecido, às vezes burocrático, porém com muita efetividade principalmente levando em conta a marcação acirrada aplicada diante dos adversários.

No Bayern, Thomas Muller fez gol, se destacou e foi aplaudido de pé, por seus torcedores, mas a real reverência do público, foi a surpresa e supremacia de uma vitória massacrante por 4 x 0 sobre um Barcelona todo poderoso, de Messi, Xavi , Iniesta e demais estrelas.

Já o Borussia também destaca a união, velocidade, atenção e força na marcação de todos os jogadores, mas fazer quatro gols sobre um Real Madrid de Cristiano Ronaldo e Mourinho, somente o polonês Lewandowski pode explicar, junto à alegria contagiante de seu torcedor.

Se os alemães têm em sua característica ser um povo de pouco sorriso, muito educado e sem muita simpatia, o fato é que presenciamos gargalhadas à toa e a facilidade de expressar momentos de alegria e comemoração, em especial os torcedores de Munique e do Dortmund.

A possível e talvez não surpreendente final alemã no torneio mais disputado do mundo, mostra ao planeta e ensina a Barça e Real que o modo de fazer e jogar futebol já mudou e que a universidade futebolística agora é alemã.

Arthur Dafs

Centro Cultural Fiesp – Ruth Cardoso recebe Exposição sobre jogos Olímpicos e Paralímpicos


Luciane Bruno é apresentadora do programa Esporte Na Rede, da UPTV

Na sala de espera do dentista estou pensando em um assunto para o meu primeiro post no blog do ER. Entre o barulhinho irritante do motorzinho na sala ao lado e o vai e vem de pessoas no corredor, procuro na internet do celular por um assunto que possa interessar você, caro teleinternauta e leitor assíduo desse blog.

Ao meu lado, pilhas de jornais e revistas me chamam a atenção. Decido folhear um deles e para a minha surpresa uma matéria se destaca, a de uma exposição que está sendo realizada em São Paulo e que vale a pena conferir. Gratuita.

Organizada pelo COB (Comitê Olímpico Brasileiro) e com o apoio da Fiesp e Sesi – SP, a exposição intitulada “Jogos Olímpicos: Esportes, Cultura e Arte”, reúne mais de 300 peças olímpicas como: medalhas, tochas, mascotes, uniformes entre outros. As peças pertencem ao Museu Olímpico do COI (Comitê Olímpico Internacional), que fica localizado em Lausanne, na Suíça.

O museu passa por reformas e, enquanto isso, peças raras e inéditas no Brasil de todas as edições dos jogos olímpicos vieram diretamente da Suíça para se juntarem aos objetos dos atletas brasileiros para compor a exposição. Como a cópia do discurso proferido pelo Barão de Coubertin em 1892, com a proposta da criação dos jogos olímpicos, o uniforme do tenista suíço Roger Federer que foi utilizado na conquista dos Jogos Olímpicos de Pequim (2008), a sapatilha e a medalha do brasileiro Adhemar Ferreira da Silva, bicampeão olímpico nos jogos de Helsinque, em 1952, e Melbourne, em 1956.

Além disso, os visitantes poderão empunhar a tocha das olímpiadas de Londres, de 2012, tirar fotos com a mascote das olímpiadas de Moscou, de 1981, a mascote Micha, entre outras atividades como jogos educativos, visitas monitoradas pelo espaço e uma sala de cinema.

No espaço também foi inaugurada a mostra fotográfica “Olhar a toda prova”, que tem a assinatura de nomes célebres da fotografia brasileira e retrata de forma artística os esportes paralímpicos  e olímpicos.

A Exposição Jogos Olímpicos: Esporte, Cultura e Arte pode ser conferida na Galeria de Arte do Sesi-SP, no Centro Cultural Fiesp - Ruth Cardoso, que fica na Av. Paulista, 1.313, em frente à estação Trianon-Masp do Metrô. O período de exposição vai de 16 de abril a 30 de junho.

Horários: Às segundas, das 11h às 20h. Terça a Sábado, das 10h às 20h e domingos das 10h às 19h. Entrada Gratuita.Mais informações ou agendamento de grupos de visitantes pelo telefone (11) 3146-7396. Vale a pena conferir!

Fica aqui a dica da Simpatia da Bola para você. Na minha próxima matéria, você que é amante do automobilismo e sempre quis participar de corridas e nunca teve dinheiro ou tempo para se dedicar ao esporte, poderá correr e se divertir gastando pouco e sem sair de casa.  Quer saber como? Então fique ligadinho no blog do Esporte na Rede. Aguardem!!!! E até a próxima. ;-)

Luciane Bruno

quinta-feira, 25 de abril de 2013

Os estaduais deveriam virar copas


Hoje, em minha coluna, vou dialogar e debater com meu amigo pessoal e comentarista do programa Esporte na Rede, Alexandre Aníbal, sobre sua publicação neste blog, na última terça-feira. Aníbal defende que os estaduais não sejam extintos e sim reformulados.

Não sou radical e vou tentar expor aqui meu raciocínio da maneira mais clara possível. A média de público do Campeonato Paulista, o mais bem organizado (não com a melhor fórmula) estadual do país é de pífios 5.722 espectadores (número da primeira fase). O que prova que, no Brasil, os torneios regionais são péssimos para os grandes clubes. Servem apenas a times que não têm grande projeção nacional e que conseguem levar público aos estádios, como mostrou a Copa do Nordeste.

Não defendo a extinção dos estaduais, mas sim mudança em seus participantes. Numa posição mais dura, acredito que esse tipo de competição deveria ser disputada apenas por clubes que não integram nenhuma série do Campeonato Brasileiro.

Raciocine comigo, amigo leitor. Este ano, o Brasileirão terminará na segunda semana de dezembro. Por lei, todos os trabalhadores têm direito a 30 dias de férias por ano. Se isso for cumprido à risca, os jogadores voltariam a treinar na terceira semana de janeiro de 2014. O Paulistão, por exemplo, começa justamente na terceira semana de janeiro (para atender grade de programação da TV - leia-se, Rede Globo).

Ou seja, os jogadores medalhões e titulares não teriam tempo sequer para treinar. Para um jogador que volta das férias entrar em forma, é necessário, pelo menos (no mínimo!!!) um mês só de exames, alimentação adequada e treinamentos.

Assim, os estaduais tornam-se gigantes elefantes brancos para os clubes tradicionais, que os utilizam como laboratórios para testar jogadores, técnicos e esquemas táticos. Muitas vezes, quando um grande clube vai ao interior, em vez de levar os craques como grande atrativo para os torcedores, leva uma equipe reserva. Por isso, uma média de público tão pífia.

Isso sem falar quando algum clube disputa a Pré-Libertadores e relega o estadual ao milionésimo plano de importância para o ano. Hoje, ganhar estadual é como beijar mulher feia na balada. Você ganha um título, mas não vale de nada. Nem dá pra tirar sarro da cara dos amigos que torcem para o rival. Hoje, o Paulistão é visto como paulistinha. Os próprios torcedores não comemoram conquistas estaduais.

Num mundo perfeito, os clubes envolvidos em quaquer série do Brasileirão, para mim, deveriam disputar apenas o nacional, que deveria ser reformulado, com datas mais esparsadas (para poder parar quando houver data Fifa ou jogos da Seleção) e durar o ano inteiro, mantendo todos estes clubes que o disputam em atividade. São 100 clubes no total: 20 nas séries A, B e C e 40 na série D.

Porém, a CBF não faz Brasileirões com turno e returno em todas as séries com a desculpa de não ter dinheiro para organizar isso. Assim, regionaliza grupos e fim de papo. A verdade é que os dirigentes da CBF deveriam deixar de encher os próprios bolsos e canalizar os recursos para todas as séries do campeonato nacional. Mas, pelo visto, a CBF só pensa em arrecadar mais e mais com amistosos caça-níqueis da Seleção enquanto relega os nacionais às moscas.

Se estes clubes a que me referi disputassem somente o nacional, os estaduais continuariam existindo, porém para os outros times. Dessa forma, os estaduais poderiam ser até mais longos, com mais equipes, pois não interfeririam no calendário nacional já que os clubes disputariam competições diferentes.

Mas, a realidade é dura, amigo. E como sei que essa utopia jamais vai acontecer, defendo outra fórmula para os regionais. Vinte e três datas para os estaduais é algo muito inviável. Sugiro que tais torneios virem copas.

O Paulista poderia ter 24 clubes, divididos em 6 grupos com 4 times em cada. Jogariam em turno e returno dentro dos grupos (6 jogos). Os 2 melhores de cada grupo avançariam à próxima fase e mais 4 terceiros lugares por índice técnico (16 equipes). Aí teríamos oitavas-de-final, quartas, semi e final em ida e volta (total de 14 datas, 9 a menos que no Paulistão atual, o que representa um mês e meio a menos de jogos). Os 8 times que sobraram na primeira fase fariam um octogonal para decidir os rebaixados em turno único (7 datas, total de 13 jogos disputados por estas equipes).

Uma fórmula justa, mais simples e compacta, mais condizente com a realidade atual do calendário do futebol brasileiro. O que acharam, amigos leitores e senhor Aníbal? Essa é minha proposta. Um forte abraço.

Leandro Martins

Esporte na Rede recebeu amigos da mídia esportiva


O Esporte na Rede da última terça-feira falou sobre mídia esportiva alternativa. Em nossos estúdios, a presença do locutor Fábio Marcondes, da web rádio Equipe Show de Bola (www.equipeshowdebola.com) e Leandro Fernandes, apresentador do programa Jogada de Fé, da Rede ECO TV (www.redeecotv.com.br).

Também analisamos os confrontos das oitavas-de-final da Copa Libertadores da América e as quartas-de-final do Paulistão. Ainda teve uma excelente enquete da noite e a bela foto de uma gata, no quadro Torcedor na Rede! Na frase da noite, uma homenagem ao Dia Internacional do Livro! E ainda tem promoção! Sorteio do kit de Badminton na semana que vem! (https://www.facebook.com/events/237951606347884/).

O ER é exibido pela emissora web UPTV (www.uptv.com.br). Vai ao ar toda terça-feira, AO VIVO, a partir de 20h. Tem uma hora de duração e recebe muitos convidados do mundo esportivo. Foca na análise esportiva inteligente e bem-feita, com a participação do internauta em tempo real.

A interatividade é nosso diferencial. Acesse nosso site e confira: www.esportenarede.org. Veja abaixo as fotos e o vídeo da última edição. Esporte na Rede, análise esportiva de qualidade! Um forte abraço.

Link do vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=GsAdh09Ohf4
























Ceni mostrou o que é ser Tricolor



Acabou finalmente a fase de grupos da Copa Libertadores. Todos nós já sabemos os classificados e os confrontos, mas quero falar aqui de uma cena que me impressionou no jogo entre São Paulo e Atlético Mineiro, na fase de classificação.

O que houve dentro do campo foi um massacre tricolor não deixando o Galo mineiro sequer respirar, e sim veio uma vitória que levou o maior campeão do Brasil na Libertadores, junto com o Santos, a recuperar o prestígio que havia perdido e principalmente acreditar que dá.

E dá porque o capitão Tricolor com 40 anos emocionou e comoveu muito os são-paulinos do Brasil e do mundo com sua preleção antes do jogo. Todos viram como Ceni foi impressionante ao colocar a mão no escudo tricolor e falar que estava na hora do grupo fazer história. (veja aqui o vídeo: http://www.lancetv.com.br/videos/VIDEO-Veja-emocionante-Ceni-Galo_3_904139605.html)

O que me empolgou nisso tudo foi a vontade do capitão de mostrar àqueles jovens jogadores que o escudo tricolor prevalecia muito mais do que o nome dos jogadores, a história tricolor tinha muito mais valia do que qualquer milhão que os jogadores ganhavam durante o mês.

Estava em jogo ali a história do tricampeão da América sair na pela primeira vez na fase de grupos de uma competição que o time da fé conhece como ninguém, e claro e mais importante, a história que Ceni construiu com a camisa gloriosa do São Paulo.

Ele, que levou o time a tantas glórias, teve que mostrar naquele um minuto antes de entrar em campo o que era ser São Paulo, o que era estar ali vestindo uma camisa importante do futebol brasileiro e os jogadores entenderem o recado e entrar em campo como verdadeiros torcedores.

Há três semanas o Esporte na Rede perguntou se Ceni deveria encerrar sua carreira e a pesquisa mostrou que SIM desse modo mesmo, maiúsculos 76%. Tenho certeza que esses que viram o vídeo como eu vi mudaram de opinião rapidamente. Como faltam no futebol jogadores como Ceni que têm vontade, dedicação e principalmente respeito à instituição que defende.

Essa minha primeira coluna poderia muito bem ser para criticá-lo em ser fominha. Para recriminar, por exemplo, por ter perdido a penalidade naquele grande jogo contra o Atlético Mineiro (coisa que não aconteceu), mas quis que fosse para que eu mudasse a opinião sobre o maior jogador que o Tricolor do Morumbi já teve: Rogerio Ceni, o MITO tricolor.

Bruno Gonçalves

terça-feira, 23 de abril de 2013

Estaduais são necessários, mas precisam ser repensados



Diferentemente do meu amigo e apresentador do Esporte na Rede Leandro Martins, sou favorável aos campeonatos estaduais. Não acho que o futebol brasileiro viva somente dos 20 clubes das Séries A, B e C. Existem muito mais do que isso no universo do nosso futebol. Além dos clubes, temos estádios, histórias e, principalmente, pessoas que vivem disso e para isso.

Também não creio que seja possível e verossímil de uma só vez acabarmos com todos os campeonatos regionais. Os clubes que disputam essas competições têm realidades muito diferentes. É difícil comparar a rotina de um time como o Santos com Mixto, Atlético de Ibirama ou Chã Grande. O que é necessário, e para ontem, é racionalizar e tornar mais atrativos campeonatos desse tipo.

Um campeonato como o paulista, que tem 19 rodadas que servem apenas para definir em qual posição vão ficar os quatro clubes grandes, precisa ser modificado para o seu próprio bem. Não adianta nada termos um torneio com mais de 100 anos de existência e fórmulas de disputa completamente ultrapassadas. Isso gera desinteresse do público e, consequentemente, estádios vazios, baixas rendas e mais desgaste para atletas e profissionais de comissão técnica.

Com isso, os campeonatos regionais ficam esvaziados e muita gente chega a defender a extinção deles, como se fosse um engodo. As federações deveriam investir em fórmulas que mantenham os clubes do interior o maior tempo possível em atividade. São esses times do interior que, na maioria dos casos, preenche a demanda dos times grandes com bons jogadores. Exemplos existem aos montes: Paulinho, volante do Corinthians, apareceu para o futebol atuando pelo Bragantino; Fred, atacante do Fluminense, surgiu no América-MG; Réver, zagueiro do Atlético-MG, começou no Paulista da nossa vizinha Jundiaí.

Na minha opinião poderíamos ter os regionais disputados por duas formas: na primeira as equipes menores se enfrentariam em grupos até cruzarem com os grandes nas fases finais. Na segunda, faria a proposta de dividir os times em grupos menores (2 grupos de 10 ou 3 grupos de 6 clubes), com menos rodadas disputadas. No final, os times que não conseguiram se classificar à segunda fase entrariam em um outro torneio para determinar um campeão, com direito a bons prêmios.

É claro que uma série de fatores deve ser pensada e para isso existem as federações locais. Afinal de contas, esse organismo deveria ser o responsável por realizar, organizar e manter suas competições, não é mesmo?

O importante é que um primeiro passo seja dado, por dirigentes, clubes ou até mesmo os jogadores. Não podemos mais assistir a um festival de partidas sem sentido que servem para lesionar jogadores, pressionar treinadores ou estragam gramados.

Alexandre Aníbal

Esporte na Rede fala sobre mídia esportiva


Nesta terça, o Esporte na Rede fala sobre mídia esportiva e suas diferentes vertentes. Em nosso estúdio, a presença do apresentador Leandro Fernandes, que comanda o programa Jogada de Fé, na ECO TV. Recebemos também o locutor Fábio Marcondes, da rádio Equipe Show de Bola (http://equipeshowdebola.com).

Também tem tudo sobre a Copa Libertadores e a análise das oitavas-de-final. E mais! Tudo sobre o GP do Bahrain de Fórmula-1, Paulistão, Torcedor na Rede e promoção especial! Imperdível! HOJE, às 20h, AO VIVO, na UPTV. Acesse www.esportenarede.org e clique em "AO VIVO". Mande sua pergunta! Te espero! Esporte na Rede, análise esportiva de qualidade! Um forte abraço.

domingo, 21 de abril de 2013

Coluna Momento Motor: Faísca no deserto




Coluna Momento Motor: Faísca no deserto.

Sebastian Vettel dominou a corrida no GP do Bahrain e consolidou-se na liderança do mundial. Seb não teve grande dificuldade e praticamente passeou rumo a vitória. Desde o início, ele conseguiu vencer abrir grande diferença e finalizou a corrida próximo dos 9 segundos à frente do segundo colocado. Um final de semana perfeito, já que Fernando Alonso, principal rival, teve um dia ruim na Ferrari.
Devido altas temperaturas do clima de deserto, a Pirelli, em consenso com a FIA, definiu pneus de composto médio e duro para este GP, descartando o uso de pneus macios para evitar o alto nível de desgaste. Com isso, o normal indicaria 2 ou 3 paradas nos boxes para cada piloto na corrida.

Nos treinos livres da sexta-feira, foi de dobradinha da Ferari no primeiro treino com Massa e Alonso e no segundo treino Raikkonen deu as cartas ao marcar o melhor tempo dessa sessão. No sábado, o treino classificatório seguiu a tendência da temporada. Somente houve surpresa no Q3 com o Nico Rosberg marcando o melhor tempo e ficando com a pole position. O grid foi formado com Sebastian Vettel em segundo e Fernando Alonso em terceiro, que não foi melhor por que errou na segunda tentativa. Lewis Hamilton havia marcado o quarto melhor tempo e Mark Webber o quinto melhor tempo, porém ambos perderam posições. Com isso Felipe Massa, com o sexto melhor tempo e pneus de composto duro, assumiu o quarto posto no grid de largada ao lado de Fernando Alonso. Na fila seguinte, a grata presença dos dois pilotos da Force India, Paul di Resta (5º) e Adrian Sutil (6º).

Os rivais pelo título do campeonato no ano passado partiram com tudo para cima de Nico Rosberg na largada. Inicialmente, Alonso ultrapassou Vettel mas sofreu o revés na volta 2, quando o alemão recuperou a posição. Na volta 3, Vettel foi decidido para executar a ultrapassagem em Rosberg. Logo depois, na volta 5, foi a vez de Fernando Alonso ultrapassar o piloto alemão da Mercedes. Enquanto isso, Vettel marcava o melhor tempo da corrida e abria 2,9 segundos para Alonso. Vettel fez prevalecer sua principal característica de imprimir forte ritmo no trecho inicial da corrida. Tudo indicava para uma briga entre Alonso e Vettel, porém essa perspectiva acabou, quando o espanhol teve um problema na asa móvel do seu Ferrari, que ficou travada, aberta. Alonso perdeu a posição para Paul di Resta e depois teve que ir aos boxes na sétima volta para consertar o problema. Além de ser contra o regulamento e passivo de punição, a asa aberta que ajuda nas retas, atrapalha demais nas curvas. Na nona volta, a asa móvel do carro de Alonso ficou travada novamente, o que o obrigou nova entrada aos boxes. À partir daí, Alonso não pôde utilizar a asa móvel, o que tornou um pesadelo para o espanhol no restante da corrida.

O dia não era mesmo da equipe Ferrari. Felipe Massa, que não tinha largado tão bem, caiu para a quinta posição após a largada, teve problemas com furo no pneu traseiro direito na volta 17, o que o derrubou para a 15ª colocação.  Massa partiu para recuperação, mas exatamente vinte voltas mais tarde, Felipe sofria o mesmo problema do furo no pneu traseiro direito. Resultado, nova parada nos boxes o 15º lugar como resultado final. Quem também teve um dia infeliz foi Adrian Sutil. Na disputa com Felipe Massa após a largada, o alemão da Force India sofreu um toque com o brasileiro o que resultou em um pneu furado.
Na metade da corrida, o panorama indicava para Vettel, mesmo optando por três paradas na corrida, bem seguro na liderança, a dupla da Lotus e Paul di Resta como postulantes ao pódio. A dupla da McLaren fazia barulho no pelotão intermediário. As várias disputas entre Jenson Button e Sergio Pérez saíram faíscas. 

O novato mexicano da McLaren, querendo mostrar serviço, exagerou por algumas vezes no arrojo ao tentar ultrapassar o “lord” inglês. Ele quase provocou um acidente entre a dupla da McLaren. Ainda bem que não passou de um toque na volta 30, que acabou quebrando um pedaço da asa dianteira de Pérez. Na volta 32, o clima esquentou mais, quando Button jogou Pérez para fora da pista. Apesar das reclamações de Button por rádio, a briga continuou por muito tempo. Pérez estava com a faca nos dentes e em outro instante da corrida, na volta 47, ele ultrapassou o inglês para subir para a 7ª colocação. Na 54ª volta, o mexicano teve um lindo pega com Fernando Alonso. A briga foi dura. O espanhol ficou em desvantagem pela falta da asa móvel. O mexicano não hesitou em encurtar a pista Alonso. Ainda na última volta, Pérez ultrapassou Mark Webber para conquistar a 6ª colocação.



Lá na frente, Vettel líder, Kimi Raikkonen em segundo, Paul di Resta em terceiro e Grosejan em quarto até a volta 52. Isso por que Grosjean estava rendendo muito melhor que Paul di Resta. O piloto franco suíço da Lotus detonou os 4 segundos de diferença, da volta 48 até a volta 52 e ultrapassou Paul di Resta para conquistar o terceiro lugar e último posto no pódio. Lewis Hamilton passou despercebido em boa parte da corrida, mas cresceu na parte final finalizando em um bom 5º lugar. Já Rosberg, o pole position da corrida, terminou apenas em 9º lugar, atrás de Fernando Alonso que salvou o dia com um 8º lugar.



Raio X pós GP:

Apesar da Ferrari em dia ruim, mostra que tem condições técnicas para brigar pelo campeonato. A essa altura Red Bull, Lotus e Ferrari vêm apresentando melhores desempenhos. Tudo indica que a briga pelo campeonato ficará entre Sebastian Vettel, Fernando Alonso e Kimi Raikkonen.  Mas essa galera tem que ficar de olho em Vettel, por que quando ele começa a pegar gosto por vitórias, ficará inalcançável na disputa pelo título no decorrer do campeonato. Vettel já venceu a segunda na temporada em 4 etapas.

A Mercedes, volto a afirmar, precisa encontrar uma solução para ritmo de corrida. O carro se comporta muito bem no treino classificatório, mas na corrida deixa a desejar. Como pode Nico Rosberg ter sido o pole e terminar na 9ª posição?

Sobre a briga na pista entre a dupla da McLaren. Pérez exagerou por alguns momentos e poderia ter provocado um acidente. Na atual situação da McLaren teria sido péssimo. Na TV foi legal acompanhar a briga e na equipe foi tensa. Pérez mostrou velocidade e arrojo. Mas precisa ter a cabeça no lugar para não fazer besteira.O mexicano está dando trabalho! De fato, a McLaren vive um ano atípico!



Final do Grid:

Semana que vem, terá mais! Durante os intervalos entre os GPs, estarei ampliando esse espaço para comentar sobre outras categorias de esporte a motor e assuntos relevantes da F-1. Até a próxima!



Esporte na Rede na F-1 é análise esportiva de qualidade!

Paulo Arnaldo Lima