Arthur Dafs é produtor do programa Esporte Na Rede, da UPTV |
Mais uma vez a supremacia prevaleceu no futebol europeu. Estou falando do futebol alemão, um jeito diferente de jogar, ao estilo "Alemanha" de ser. A Seleção Alemã que há 12 Copas tem ficado sempre entre as quatro primeiras posições, participou de sete finais e se tornou bicampeã.
Em seus elencos aos longo dos tempos, nomes como Klinsmann, Schweinsteiger, Ozil, Sepp Maier, Beckenbauer, Oliver Kahn, Matthäus e Gerd Müller. O país é exemplo para qualquer comissão, tendo, nas últimas cinco edições de Copa do Mundo, sido considerada a sede do evento que obteve maior planejamento, organização e o país que mais economizou com o evento.
Nos últimos 10 anos, um sinal já se percebia, a Bundesliga mostrando ao mundo a forma de organizar um campeonato, atraindo fortes patrocinadores e sempre conseguindo levar excelentes médias de público aos seus estádios e arenas.
Dois clubes de mesma origem nacional, mas com características diferentes de atuar em campo, demonstraram que velocidade ao tocar a bola, forte marcação e excelente comportamento tático, é o que resulta na igualdade entre os dois times. Um futebol de muita marcação e jogadas que envolvem com muita rapidez o adversário, deixando geralmente a defesa desnorteada até ser anulada em qualquer tática aplicada.
Borussia e Bayern demonstraram nessa semana a força de um novo futebol alemão, além de dois clubes presentes na semifinal da Liga dos Campeões, impuseram-se com vitórias convincentes e arrasadoras diante de dois clubes espanhóis badalados pela imprensa e pelo torcedor (Barcelona e Real Madrid).
Seria mostrar ao Barcelona, que não existe time invencível, como visto já na final da Champions contra o Chelsea em 2012, e que o futebol da modernidade mudou de país? Assim caminha o futebol alemão que tem enorme possibilidade de ter uma grande decisão no torneio de clubes mais prestigiado do futebol e ao final de 2013, proclamar a conquista de um título mundial, hoje ostentado pelo Corinthians.
Os destaques desses dois clubes ficam para o planejamento, organização, união e extrema dedicação a um futebol parecido, às vezes burocrático, porém com muita efetividade principalmente levando em conta a marcação acirrada aplicada diante dos adversários.
No Bayern, Thomas Muller fez gol, se destacou e foi aplaudido de pé, por seus torcedores, mas a real reverência do público, foi a surpresa e supremacia de uma vitória massacrante por 4 x 0 sobre um Barcelona todo poderoso, de Messi, Xavi , Iniesta e demais estrelas.
Já o Borussia também destaca a união, velocidade, atenção e força na marcação de todos os jogadores, mas fazer quatro gols sobre um Real Madrid de Cristiano Ronaldo e Mourinho, somente o polonês Lewandowski pode explicar, junto à alegria contagiante de seu torcedor.
Se os alemães têm em sua característica ser um povo de pouco sorriso, muito educado e sem muita simpatia, o fato é que presenciamos gargalhadas à toa e a facilidade de expressar momentos de alegria e comemoração, em especial os torcedores de Munique e do Dortmund.
A possível e talvez não surpreendente final alemã no torneio mais disputado do mundo, mostra ao planeta e ensina a Barça e Real que o modo de fazer e jogar futebol já mudou e que a universidade futebolística agora é alemã.
Arthur Dafs
Salve Arthur.
ResponderExcluiro Bayern parece ter tudo acertado com o próprio Lewandowsky, para a próxima temporada. O enorme aporte financeiro garantiu a chegada de Guardiola para depois da Champions. O time de Munique nada sozinho no quesito grana e marketing.
Dentro do campo, o segredo é a forte marcação(como vc bem disse) na saída de bola adversária. Ao roubar a bola, velocidade e precisão nos arremates. Tal empenho físico é possivel apenas para quem tem condicionamento invejável. Como costuma ser o caso dos alemães. Abraço.