quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Futebol brasileiro: o Fair Play Financeiro e os Contratos de Produtividade


 Tenho ouvido muita gente da mídia criticar o presidente o Palmeiras, Paulo Nobre, por querer ter uma filosofia racional e uma administração financeira saudável, com pagamentos menores aos jogadores e o acréscimo de gratificações por objetivos conquistados (chamado popularmente de contrato de produtividade).

Pois bem, concordo totalmente com Nobre. Jogador, quando assina um contrato mais longo, de cara, já se acomoda, ganha muito, conquistando ou não títulos. O cara relaxa. Jogador é uma raça folgada, mimada e milionária.

Será que só eu acho um absurdo o Valdívia ganhar 500 mil por mês? Isso só para citar um entre tantos exemplos similares. Não é admissível que um cidadão ganhe tanto dinheiro apenas para jogar bola ou praticar um esporte.

Tome como exemplo qualquer executivo de grande empresa. O cara também aguenta pressão, rala feito doido, trabalha de fim de semana e, com muito custo, chega a um salário de 50 mil por mês.

Nobre está certo. A torcida tem que confiar no que ele faz. Porém, corre risco de perder jogadores, claro. Mas é preciso que mais clubes se solidarizem a essa filosofia, coloquem as contas em dia e parem de pagar rios de dinheiro a atletas. E os jogadores, que parem de ser fominhas e entendam que um salário de 50 mil por mês já é uma fábula

O certo é pagar uma quantia fixa e aumentar esse valor em caso de conquistas. Aí o jogador pode atingir o dobro ou até o triplo do que ganha.

É aí que o movimento Bom Senso FC também deve entrar. Discutir os rumos do futebol brasileiro também nesta seara. Por um futebol com fair play financeiro e por clubes com as contas em dia, sem que os jogadores queiram ganhar zilhões. Um forte abraço.

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Fotos e vídeo do programa Esporte na Rede, do dia 10/12/2013

O Esporte na Rede de ontem (10/12/2013) analisou a última rodada do Brasileirão. Falamos das quedas de Vasco e Fluminense para a segunda divisão. Será que vai ter virada de mesa? Também falamos dos tristes incidentes ocorridos na Arena Joinville, com a violência entre vascaínos e torcedores do Atlético-PR.

Também analisamos a final da Copa Sul-Americana, entre Ponte Preta e Lanús. E ainda, tudo sobre os grupos sorteados para a Copa do Mundo de 2014. Confira na íntegra esta edição e as fotos da atração! O programa Esporte na Rede é exibido pela emissora web UPTV (www.uptv.com.br). Vai ao ar toda terça-feira, AO VIVO, a partir de 20h.

Tem uma hora de duração e recebe muitos convidados do mundo esportivo. Foca na análise esportiva inteligente e bem-feita, com a participação do internauta em tempo real. A interatividade é nosso diferencial. Mais informações: www.esportenarede.org. Esporte na Rede, análise esportiva de qualidade! Um forte abraço.






























domingo, 8 de dezembro de 2013

Opinião Esporte na Rede: A mancha selvagem no campo e fora dele.


São Paulo, 08 de dezembro de 2013
Paulo Arnaldo Lima - colunista do Esporte na Rede

Amigo leitor do Esporte na Rede. Estava preparado para modificar do meu roteiro habitual sobre automobilismo para o momento do futebol brasileiro. Porém o fato lamentável do domingo em Joinville obrigou uma mudança nos planos mais uma vez. Infelizmente, para algo tão negativo.


Na contra mão do clima de Copa do Mundo, que teve o sorteio na última sexta-feira. Nós, espectadores, assistimos o verdadeiro show do horror neste domingo! Joinville foi o estopim de algo que já vinha acontecendo no futebol por algumas vezes durante o ano, mas claramente essa foi a pior cena do ano, junto com aquela da morte do garoto Kevin Beltrán na Bolívia, no fatídico jogo do Corinthians pela Libertadores da América.  Por sinal, de lá para cá, foram inúmeros casos de brigas de torcida nas arenas Brasil afora. Morumbi, Mané Garrincha, Mineirão, etc.

Possuo uma vivência de futebol de quase 6 anos. Praticamente em todos os finais de semana, estou em um ambiente futebolístico.  O clima nas arquibancadas de um estádio de futebol, não importando a divisão ou a classe social do torcedor é tendenciosamente ruim. As pessoas vão ao estádio de futebol na disposição de fazer coisas ruins, mesmo que pequenas ações aparentemente inofensivas. A  visão da grande maioria é que o torcedor do time adversário é um inimigo. Por isso, há muito tempo, as torcidas são obrigadas a ficar separadas. O que, por exemplo, impossibilita totalmente de um amigo torcedor corintiano assistir um jogo de futebol com um amigo torcedor palmeirense.  Passa batido o respeito a vida e ao próximo, dentro de um campo de futebol. Essas ações independe da classe social do cidadão. A questão é generalizada. É bem verdade que deve ser destacado um grupo que vai ao estádio de futebol apenas para arrumar briga, como esses torcedores que protagonizaram essa cena terrível em Joinville. Como sempre, ninguém é preso ou punido. Sendo ou não de torcidas organizadas, essa minoria sempre causa grande estrago e no fim, fica por isso mesmo.

Fora de campo, vivemos um período de turbulência social. Violência descontrolada e inúmeros exemplos de falta de respeito a vida e ao próximo no nosso cotidiano. Somente o estado é responsável pelos problemas de segurança? Em partes sim. Quando criminosos e vândalos não são punidos. O estado falha ainda mais, há muito tempo, quando não cuidou, ou melhor, não cuida da formação educacional da sociedade com princípios básicos de respeito ao próximo. As famílias também falham quando não educam os filhos adequadamente. Muitas vezes, os problemas de violência começam na escola na convivência com os coleguinhas.

Enquanto isso, dentro de campo, os personagens violentos reincidentes permanecem com acesso livre e irrestrito em nossas Arenas. O futebol se transformou na grande panela de pressão, a válvula de escape que concede a liberação para xingar, ofender e até brigar. Somos incapazes de perceber que o futebol é apenas um momento de lazer. De distração e não de destruição. Deveria ser um momento de fraternidade, sem considerar as preferências de cada um.

Ainda sobre a classe mais violenta do estádio, a impunidade chega a ser irritante e mostra a inoperância da segurança no nosso país. Resultado de um descaso e falta de eficiência com um dos nossos pilares tão essenciais junto com a saúde e educação. Amigo do Esporte na Rede, nós mesmos criamos o monstro. O que só enfatiza que definitivamente problema está na nossa essência cultural.

Joinville foi mais uma página do horror. Tristeza!  Não adianta pontuar mais os problemas que ocorreram neste jogo especificamente. São os problemas de sempre. É um tumor crônico de extrema dificuldade para ser resolvido. Aos 17 minutos do primeiro tempo este jogo de futebol acabou! O resultado final deixou de ser relevante. Pouco importa quem se classificou e quem foi rebaixado.
Definitivamente, o futebol deste domingo perdeu a graça!