Paulo Arnaldo Lima
Salve a Internet, amigo internauta do Esporte na Rede! Essa
semana, momento motor em dose dupla. Isso mesmo! Duas colunas nesta semana! Sinto uma enorme satisfação em escrever esta
coluna, por se tratar de escrever sobre a tradicional Indy 500 e descrever a vitória
de um piloto brasileiro tão batalhador e que há muito tempo merecia essa
vitória. Só poderia abrir essa coluna para congratular Tony Kanaan!
De fato, este final de semana foi especial para o
automobilismo brasileiro. Essa vitória coroou definitivamente a carreira de
Tony Kanaan. Campeão em 2004 da Fórmula Indy, lhe faltava a vitória na tradicional
pista de Indianápolis. Por muitas vezes, Tony Kanaan bateu na trave. Neste ano,
finalmente chegou a vez dele! Mesmo na equipe KV, uma equipe de porte médio na
categoria, a chance de ele vencer era limitada.
Porém, desde o início desta edição da Indy 500, Tony Kanaan mostrou
que lutaria mais uma vez pela vitória! A competência e sorte resultaram na consagração,
mas a luta foi da primeira volta até as últimas voltas. Tony Kanaan largou em
12ª lugar. Por sinal largou muito bem e nem demorou muito para ele aparecer nas
primeiras posições. Após a primeira intervenção da bandeira amarela devido ao acidente
de J.R. Hildebrand, Tony Kanaan revezava na primeira posição com Ed. Carpenter
e Marco Andretti.
Basicamente, por toda a corrida, nenhum piloto que alcançou
a primeira posição conseguia disparar na liderança. O efeito do vácuo do
segundo colocado para trás foi determinante. Sem contar, que o piloto que
pegava pista limpa, gastava mais combustível. Durante a corrida, os pilotos no meio
do pelotão viravam tempos mais rápidos do que os ponteiros e raramente um
piloto conseguia manter a primeira posição por mais de 5 voltas. A troca do
líder na prova foi constante.
Além de Tony Kanaan, se destacaram Marco Andretti, Ryan
Hunter-Reay, Ed. Carpenter, A. J. Allmendinger e Carlos Muñoz. Aliás Carlos Muñoz
merece um destaque à parte. O jovem piloto colombiano de 21 anos demonstrou
maturidade e muita habilidade durante toda a corrida. Não à toa, ele conseguiu chegar
em segundo lugar. Helio Castroneves fez corrida regular e boa parte da corrida
se manteve entre a 4ª e 6ª posição. Ele terminou na 6ª posição, resultado importante
para o campeonato. Aliás, falta ao Helinho, vencedor por três vezes da Indy
500, a conquista do título da Fórmula Indy. Será que neste ano também cairá esse
tabu do Helinho?
Com uma corrida tão disputada e aparecendo como destaque esses
pilotos, Tony Kanaan teve que fazer a diferença na pilotagem e contar com uma
dose de sorte. Nas últimas 20 voltas, Kanaan revezava na primeira posição com
Ryan Hunter-Reay. Graham Rahal perdeu o controle do carro e bateu no muro,
quando houve mais uma bandeira amarela. Kanaan ficou em segundo lugar. A relargada
seria decisiva, pois restavam pouquíssimas voltas.
A bandeira verde surgiu há quatro
voltas do fim. Tony Kanaan foi decisivo na manobra de ultrapassagem em Hunter–Reay
na relargada. Carlos Muñoz pegou uma carona na manobra de Tony Kanaan e assumiu
a segunda posição. Aí veio a dose de sorte quando Dario Franchitti bateu no
muro e a nova bandeira amarela impossibilitaria uma nova relargada. A vitória
do brasileiro estava confirmada! O público norte americano vibrou como se fosse um piloto
local. A emoção e a bebedeira de leite marcaram o pós prova. Tony Kanaan foi
merecedor!
É impressionante como a cada ano, as 500 milhas de
Indianápolis reserva grandes histórias e grandes vencedores. Não à toa, que
está entre as três corridas mais tradicionais do automobilismo mundial. Tony
Kanaan se tornou o quarto brasileiro a conquistar a Indy 500, se juntando a
Emerson Fittipaldi, Helio Castroneves e Gil de Ferran.
Amigos, semana que vem tem mais coluna do Momento Motor! Até
a próxima!
Esporte na Rede no automobilismo é análise esportiva de qualidade!
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