segunda-feira, 7 de julho de 2014

Momento Copa: A Copa do emotivo Brasil e da calculista Alemanha

Paulo Arnaldo A. Lima
São Paulo, 07/07/2014




A Alemanha, favorita desde o início da Copa está no caminho do Brasil, da mesma forma favorita antes, mas que durante a Copa teve o favoritismo fragilizado. Porém, o jogo contra a Colômbia no confronto das quartas convenceu de que a nossa seleção pode render dentro da expectativa e chega bem fortalecida diante da Alemanha. Sobre o revés de Neymar, comentarei mais ao final.
Os números de Brasil e Alemanha durante a Copa são bem similares. O Brasil venceu três vezes e empatou duas vezes. A Alemanha venceu quatro vezes (uma vitória na prorrogação) e empatou uma vez. Foram 10 gols marcados, 4 gols sofridos e 6 gols de saldo no lado do Brasil. Já Alemanha teve 10 gols marcados, 3 gols sofridos e 7 gols de saldo – apenas um gol de saldo à mais que o Brasil.  Ou seja, nos números, Brasil e Alemanha chegam bem equivalentes nessa semifinal.
Ambos os treinadores, Felipão e Joachim Löw, foram questionados por escolhas e desempenhos das respectivas seleções. Do lado brasileiro, a pressão foi muito forte! O apelo foi alto de que o time não tinha meio de campo e principalmente pelo desempenho abaixo individual de Paulinho, Daniel Alves, Fred e Oscar (esse em alguns jogos). Por outro lado, a Alemanha começou muito bem na estreia massacrante diante de Portugal. Mas quando a Alemanha empatou com Gana e passou por dificuldades na prorrogação pela Argélia, o esquema flex de Löw foi colocado em dúvida.
A outra coincidência foi na lateral direita de ambas as seleções. Pelo lado do Brasil, foi Daniel Alves que deixou o time tão vulnerável que facilmente era atacado nesse setor do campo pelos adversários. Os pedidos insistentes de uma substituição por Maicon foram atendidos nas quartas e a situação finalmente foi ajustada. Pelo lado da Alemanha, Mustafi foi o alvo de críticas, especialmente pela facilidade que a Argélia encontrou para atacar nesse setor. E com Philipp Lahm, o especialista da lateral direita, deslocado para outra função no meio de campo. “Felizmente” para Alemanha, Mustafi se contundiu, Lahm foi para a lateral e mais uma vez, ajustou a situação.
Porém, no geral o que diferenciou é que a Alemanha passou mais em alta com oscilações durante toda a Copa. Já o Brasil passou mais em baixa, mas nos momentos mais críticos Neymar resolveu a situação pelo lado do Brasil – exceto no último jogo, que o Brasil resolveu coletivamente.

Falando nisso! O Brasil perde justamente a sua maior força com a ausência de Neymar. Perde também o entrosado e impecável Thiago Silva. Porém, Dante ocupará essa vaga na zaga, sem grandes problemas. Já no caso do substituto de Neymar, as dúvidas seguem entre três volantes (Luis Gustavo, Fernandinho e Paulinho), William ou Bernard. Durante os treinamentos, parece que a opção pelo William foi a preferida pelo técnico brasileiro. Mistério!
A seleção nessa Copa já desenhou o enredo! Até aqui, Neymar jogou por todos, quando o Brasil passou por dificuldades durante a competição. Agora todos jogam por Neymar!
O estereótipo do futebol está confirmado mais uma vez nessa semifinal no combate entre: a calculista seleção alemã, símbolo de muita frieza dentro de campo e a emotiva seleção brasileira que terá o impulso extra dessa ausência de Neymar e a força do torcedor brasileiro vindo das arquibancadas. Quem vencerá? Nesse momento, o brasileiro está mais otimista!

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