É com muito pesar que escrevo
esse texto Porém essa derrota, aliás,
essa lição histórica que o futebol brasileiro tomou traz à tona um verdadeiro
choque de realidade. No meu íntimo, não via
o Brasil em condições de vencer a Alemanha. Ainda estava contido na crença pelo
Brasil, mesmo após uma boa exibição diante da Colômbia, mas que passou as fases
com dificuldades e sorte. Tinha a certeza de que a seleção alemã, apesar de pequenos
momentos de deslize, verdadeiramente jogara uma Copa com muito brilho. Goleada da
Alemanha dessa forma nem eu e nem ninguém esperava.
O vexame devastador de 7 à 1 foi muito
pior que o Maracanazo de 1950. O brilho do verde e amarelo foi extinto impiedosamente. Essa
tragédia marca como ponto final, o jogo e o ponto inicial fora dele, na camada dos
que dirigem. É correto afirmar que assim como em 50, o futebol precisa ser reconstruído!
Tomara que algo positivo nesse sentido aconteça.
No campo, a Alemanha mereceu a
vitória com todos os méritos. Resultado de um futebol moderno, eficiente e
organizado – consciente de todas as ações dentro de campo. Por outro lado, o
Brasil passou na improvisação, na desconfiança e na força do craque Neymar que
é acima da média.
No jogo, o Brasil entrou com o
mesmo esquema tático e o mesmo comportamento instável de durante a Copa. O
Brasil tomou o primeiro gol aos 11 minutos devido a uma falha de posicionamento
básico para defender uma jogada aérea. E como em outras vezes durante a Copa,
no segundo o gol, o Brasil perdeu a concentração e se abateu de vez, à partir
dos 23 minutos. Daí, a sequência de gols foi inevitável. Uma apatia monumental!
As escolhas e o esquema merecem
uma observação à parte. Com todo o respeito que Carlos Alberto Parreira e Luiz
Felipe Scolari que fizeram pelo futebol brasileiro e todos os títulos conquistados.
Até outro dia, esse comando técnico do Brasil conquistou, com méritos, a Copa das
Confederações de 2013 e deu um toque de esperança após uma passagem negativa
que o futebol brasileiro atravessou com o antecessor Mano Menezes. Mas nessa Copa,
fica claro que o tempo passou para essas pessoas. O futebol brasileiro precisa
de uma comissão técnica que tenha uma visão moderna e que encaixe da melhor
maneira o futebol brasileiro nesse contexto. Não há mais espaço para improviso
ou operação tapa-buraco. Aliás, a operação tapa-buraco funciona por um tempo. O
futebol precisa de um asfaltamento.
O trabalho precisa iniciar nas categorias de
base. Uma nova filosofia precisa ser implantada, como a Espanha fez e
atualmente a Alemanha faz. O futebol moderno exige uma filosofia com
identidade. Trabalho, visão e planejamento de muitos anos.
Para que isso aí do parágrafo acima
funcione, há necessidade imediata de renovação no quadro de dirigentes no nosso
futebol, ao começar na suprema CBF. Chega de oba oba e de clube do bolinha!
Precisamos de pessoas sérias, que pensem e enxerguem o nosso futebol com muito
mais profissionalismo.
Vou repetir aqui um trecho que
escrevi na rede social, durante o estado de goleada massacrante:
“O futebol brasileiro precisa ser
repensado, de ponta à ponta. No futebol moderno não pode somente haver dependência
do surgimento de alguns talentos. Time de futebol não se constrói com um Herói!
Heroísmo é um pensamento ultrapassado. Para quem ainda acredita na supremacia
do nosso futebol, esse jogo sintetiza bem os nossos problemas no futebol dos
últimos anos."
Conclusão! Precisamos de maturidade. MUDANÇA URGENTE! Esse jogo escancarou bem os problemas com o nosso futebol nos últimos anos. Não é mera coincidência e tão pouco um evento isolado.
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