sexta-feira, 17 de maio de 2013

O guarda-redes



No dia 26 de abril é sempre comemorado o dia de uma posição de jogador de futebol no mínimo exigente, sofrida, às vezes solitária, que traz momentos de glórias e de decepções, geralmente designada como camisa 1, ou simplesmente, goleiro.

Nessa profissão tivemos grandes nomes reconhecidos no mundo nos anos 90 e 2000, como Oliver Kahn, da Alemanha, que jogou até 2008 e vivia com extrema autoconfiança, conquistando títulos como o de melhor goleiro da Europa em 2001/2002 e o troféu de 1º goleiro e melhor jogador da competição (Copa do Mundo). Mas após falhar na final da Copa de 2002, Oliver não obteve mais tanto êxito em sua carreira, permitindo situações que culminaram em novas falhas e atuações fracas para um jogador de seleção, jogando de forma irreconhecível até a sua aposentadoria.

Gianluigi Buffon, goleiro italiano, cercado de polêmicas e conquistas, como seu envolvimento com escândalos e manipulações do futebol italiano em 2011, dois anos depois deu a volta por cima e conquistou o título considerado pela Fifa como maior goleiro de todos os tempos em 2013.

Já Iker Casillas, goleiro de um único clube, do Real Madrid e capitão da Seleção Espanhola, liderou a Seleção nos anos de 2008 e 2012 conquistando a Eurocopa, e na Copa de 2010, sagrou-se campeão do mundo por sua nação.

As luvas, instrumentos essenciais do goleiro, que começaram a ser fabricadas nos anos 30, porém apenas começaram a ser utilizadas com mais frequência  desde 1964, com a estreia oficial da utilização da luva, pelo alemão Wolfgang Fahrian, do 1860 Munique.

Já nas Américas, temos os incontestáveis camisas 1, como Jorge Campos, profissional de nacionalidade mexicana, que teimava em ficar adiantado mesmo com baixa estatura, saía muito na linha, marcou muitos gols e dava assistências, obtinha sucesso com bola parada, além de uniformes totalmente démodé, mas com a identidade própria, que registrava sua imagem e marca.

Na América do sul, temos os fantásticos, Rene Higuita, nascido na Argentina, naturalizado colombiano, era como o mexicano, saía com a bola da área e tentava dribles que  enlouqueciam o torcedor positivamente ou não. Marcou 41 gols na carreira e foi ídolo em seu país.

Servindo a Seleção colombiana, passou por duas situações marcantes em sua carreira. Uma falha que culminou na desclassificação diante de Camarões na Copa 1990, e nesse mesmo evento fez a inédita defesa escorpião contra a Inglaterra, que consagrou o apelido “Goleiro Escorpião”. O destaque em sua carreira foi com o Atlético Nacional (Medellín) que lhe proporcionou um título da Libertadores e um campeonato Colombiano.

Mais ao sul da América, temos José Luis Chilavert, jogador que também sabia sair com os pés e enfatizou a marca sulamericana de goleiro artilheiro, marcou 62 gols, de pênalti, falta e bola rolando, número/registro já ultrapassado por Rogério Ceni. Era muito temperamental  com a imprensa e adversários. Jogador de personalidade forte, seu grande destaque fo no time argentino Vélez Sarsfield.

Seu maior sucesso na Seleção Paraguaia, ocorreu nas Copas 1998 e 2002, atuando e obtendo mais sucesso na primeira, tendo uma linha de defesa consagrada a sua frente como Arce, Gamarra e o Ayala.

Atuou no Real Zaragoza (espanhol), Strasbourg (francês). Iniciou no Guarani do Paraguai, teve excelente passagem pelo clube argentino, marcou seu último gol pelo Peñarol e encerrou sua profissão no mesmo clube que projetou positivamente sua carreira, “o velho Vélez argentino”.

Desses memoráveis “Guarda-redes” sul-americanos, temos que relembrar sempre os brasileiros: Taffarel, Marcos e Ceni, como símbolos de profissionalismo, fidelidade e a construção sólida de referência nessa modalidade esportiva tão presente nas sociedades da América do Sul e Europa.

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