quinta-feira, 29 de maio de 2014

Coluna Momento Motor: Concorrentes sim! Rivais, suspeito que não!


 
 
Uma profunda mudança técnica que culminou no domínio absoluto da equipe Mercedes na Fórmula 1 deste ano. Mônaco poderia gerar algo diferente nas primeiras posições e uma proximidade das outras equipes.  Porém houve a constatação no primeiro treino livres da quinta-feira de que a Mercedes continuaria dominante com extrema facilidade.

A urgência era enorme! Antes de Mônaco, as cinco vitórias em cinco corridas da equipe germânica e a sexta vitória mais do que a caminho, algo de diferente deveria vir à tona, logo! De fato, a facilidade da sexta vitória não foi evitada. Porém, uma oportunidade surgiu na derrapada suspeita de Rosberg durante o treino de classificação. Momento imperdível para apimentar a relação de dois “lobos” solitários que disputam o título desse ano.  


A imprensa e os bastidores da Fórmula 1 aproveitaram a situação para dar aquela agitada! Rosberg escapou de propósito? Oficialmente, a telemetria não acusou manobra proposital.  Diante da circunstância e o momento que ela ocorreu, a pulga atrás da orelha logo se transformara em enxame de rivalidade nas mãos da imprensa que cobre a Fórmula 1. Foi noticiada a fofoquinha de que Hamilton estava bravo e categoricamente desconfiado da manobra de Rosberg. E que a reunião na Mercedes após o treino foi efervescente e de cobranças de explicações! Será que foi tudo isso?

Essas dúvidas são difíceis de serem decifradas. Nico Rosberg teria derrapado de propósito para anular a chance de Hamilton marcar a pole? A decisão dos fiscais em não punir o Rosberg foi para esquentar o circo na corrida do domingo, mesmo os dados da telemetria não terem denunciado uma manobra proposital? Afinal, a disputa entre os dois anda fria e desinteressante. Há reclamação do novo ruído da Fórmula 1. Há reclamação da velocidade dos carros. E há uma tendência a monotonia nas disputas por vitórias e no campeonato deste ano, restrita a dois pilotos.

A certeza é que a Fórmula 1 é sempre bem orquestrada nos bastidores. Nesses momento , “certos cuidados” são considerados. É óbvio que a imprensa embarca nessa onda de promover e inflamar com o propósito de não perder pontos na audiência. Faz parte do jogo! Por isso, chama-se circo da Fórmula 1.

Desconfio que essa rivalidade a flor da pele não é tão verdadeira. Até as declarações mais espinhosas de Hamilton não me convenceram. As declarações estavam artificiais, mesmo com tanta competitividade comum entre os pilotos de Fórmula 1. Estou cético com essa “verdade dos fatos” em relação a rivalidade instituída! Não deve confundir e julgar uma reação do Hamilton de rusgas , após terminar em 2º lugar em Mônaco. O fato é que ele teve um carro com condições para vencer mais uma vez e não conseguiu por contratempos. E ainda mais passar aquele sufoco no final da corrida, tendo que guiar com um olho fechado por causa daquela incômoda sujeira. Um final de semana de pequenas situações que atrapalhou ele.

Possivelmente, durante o campeonato, o efeito de rivalidade tome corpo. Rosberg e Hamilton convivem diariamente com as notícias de que há rixa e rivalidade. Que eles não são mais amigos. Ou ainda, que um está sacaneando o outro durante as disputas. A imprensa, de tanto agitar as coisas, consegue transformar o cenário num campo de guerra.  Afinal, alguma coisa precisa salvar a atual temporada de Fórmula 1, já que as mudanças na categoria não vem agradando tanto. Não é?

 
 

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