A inédita vitória do sexto piloto diferente em seis etapas.
O recorde não podia ser batido em
outro lugar! No principado de Mônaco, Webber tornou o sexto vencedor à vencer nesta
temporada de seis etapas concluídas. Um campeonato pra lá de imprevisível e
emocionante. Há questionamentos, principalmente de pilotos mais antigos como Prost
e Lauda, que não se sentem agradados pelo formato atual. O motivo é que a
Fórmula 1 está imprevista demais. Prost inclusive complementou que prefere ver o
confronto do campeonato entre dois pilotos, mas ponderou que a Fórmula 1
atualmente precisava mudar, pois o público prefere essas disputas e com isso atingir
melhores audiências.
Em Mônaco, conforme o esperado, o
treino classificatório e a estratégia determinariam o vencedor da corrida.
Schumacher fez a pole no sábado, mas teve que cumprir punição (ainda por causa
do acidente com o Bruno Senna na corrida de Barcelona) e largar do sexto lugar.
Webber herdou a posição e soube administrar a situação durante toda a corrida. Ele
venceu com a turma composta por Rosberg, Alonso, Vettel, Hamilton e Massa
perseguindo de perto. Apesar da pista não permitir ultrapassagem, houve o
mérito de Webber de não errar, mesmo com o pneu desgastado e o desempenho
inferior aos outros concorrentes. A corrida, nas últimas voltas, foi bem
movimentada criando um clima de disputa até a última volta. Fazia tempo que não
acontecia uma chegada tão apertada nas ruas do principado.
Grande corrida de Vettel que adotou
uma estratégia eficiente na corrida e conseguiu finalizar em quarto lugar,
mesmo largando da nona posição. Vettel deve ter colocado na cabeça que se não
dá para vencer, o negócio é fazer corridas mais consistentes e chegar na maior
pontuação possível. Lembre-se que ainda no treino, sem condições de chegar na
pole, optou por não sair no Q3 para guardar um pneu zeradinho e largar no final
do pelotão dos participantes do Q3.
Boa corrida de Felipe Massa que
dá sinais de recuperação, retomada de confiança e bom desempenho. Foi a melhor corrida do Massa no ano. É muito importante
esse momento do brasileiro na F-1. Massa não desaprendeu a pilotar bem. O que
prova que o grande problema do brasileiro era não conseguir adaptar a sua
pilotagem ao carro da Ferrari. Após algumas mudanças neste carro, fica a
sensação de que Massa e os engenheiros podem ter encontrado uma solução. A Ferrari
também melhorou. E o desempenho de Alonso já tinha dado sinais de melhora no GP
da Espanha.
A classificação do campeonato
segue equilibrada, com Alonso liderando com 76 pontos e a dupla da RBR (Vettel e Webber) aparece logo à seguir com 73
pontos.
PIT-STOP
MCLAREN: Mais uma corrida
decepcionante da Mclaren. Button irreconhecível no treino e na corrida. E
Hamilton suou a camisa demais para conseguir chegar ao quinto lugar. O que se
passa com a Mclaren? Para onde foi o
favoritismo apresentado no início da temporada? Sumiu! E está perdida!
PASTOR MALDONADO: Pastor
Maldonado era uma das minhas apostas para vencer a corrida (a minha outra
aposta era Alonso). O venezuelano havia vencido na GP2 em Mônaco e já tinha
feito uma boa corrida no ano passado. Mas a manobra exagerada que culminou em toque
no Sérgio Perez no treino livre de sábado acabou resultando em uma punição na
perda de dez posições. Ele jogou fora qualquer possibilidade e ainda se
envolveu em novo acidente durante a corrida. Uma pena!
TRANSMISSÂO DA TV: A TV Globo apresentou algumas
novidades na transmissão deste domingo e deve seguir com este novo formato até
o final do ano. Até então, só o repórter escalado (Mariana Becker ou Carlos Gil)
estava cobrindo “em loco” as etapas de Fórmula 1. Galvão, Reginaldo Leme e
Luciano Burti estavam transmitindo do Brasil, no formato de transmissão em
tubo. Em Mônaco, a equipe foi deslocada
para o local da corrida. A transmissão foi aberta vinte minutos antes. E a
grande novidade foi a presença de Burti no grid de largada entrevistando os
pilotos. Este formato atualmente é muito utilizado pela TV britânica Sky
Sports. A Globo resolveu seguir este padrão de transmissão. É válida essa
mudança, pois as transmissões estavam muito frias nos últimos anos (com exceção
do GP Brasil, que sempre contou com uma cobertura especial). A Globo sempre
teve condições de explorar mais as transmissões, mas não a fazia. Apesar de
alguns erros neste domingo, considerada normal em se tratando da novidade para
a equipe, é positiva o novo formato. Tomara que a Globo continue dessa maneira.
O telespectador, fã da Fórmula 1, merece isso.
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