domingo, 27 de maio de 2012

Coluna Velocidade: A inédita vitória do sexto piloto diferente em seis etapas na F-1 2012




A inédita vitória do sexto piloto diferente em seis etapas.

O recorde não podia ser batido em outro lugar! No principado de Mônaco, Webber tornou o sexto vencedor à vencer nesta temporada de seis etapas concluídas. Um campeonato pra lá de imprevisível e emocionante. Há questionamentos, principalmente de pilotos mais antigos  como  Prost e Lauda, que não se sentem agradados pelo formato atual. O motivo é que a Fórmula 1 está imprevista demais. Prost inclusive complementou que prefere ver o confronto do campeonato entre dois pilotos, mas ponderou que a Fórmula 1 atualmente precisava mudar, pois o público prefere essas disputas e com isso atingir melhores audiências.

Em Mônaco, conforme o esperado, o treino classificatório e a estratégia determinariam o vencedor da corrida. Schumacher fez a pole no sábado, mas teve que cumprir punição (ainda por causa do acidente com o Bruno Senna na corrida de Barcelona) e largar do sexto lugar. Webber herdou a posição e soube administrar a situação durante toda a corrida. Ele venceu com a turma composta por Rosberg, Alonso, Vettel, Hamilton e Massa perseguindo de perto. Apesar da pista não permitir ultrapassagem, houve o mérito de Webber de não errar, mesmo com o pneu desgastado e o desempenho inferior aos outros concorrentes. A corrida, nas últimas voltas, foi bem movimentada criando um clima de disputa até a última volta. Fazia tempo que não acontecia uma chegada tão apertada nas ruas do principado.

Grande corrida de Vettel que adotou uma estratégia eficiente na corrida e conseguiu finalizar em quarto lugar, mesmo largando da nona posição. Vettel deve ter colocado na cabeça que se não dá para vencer, o negócio é fazer corridas mais consistentes e chegar na maior pontuação possível. Lembre-se que ainda no treino, sem condições de chegar na pole, optou por não sair no Q3 para guardar um pneu zeradinho e largar no final do pelotão dos participantes do Q3.

Boa corrida de Felipe Massa que dá sinais de recuperação, retomada de confiança e bom desempenho.  Foi a melhor corrida do Massa no ano. É muito importante esse momento do brasileiro na F-1. Massa não desaprendeu a pilotar bem. O que prova que o grande problema do brasileiro era não conseguir adaptar a sua pilotagem ao carro da Ferrari. Após algumas mudanças neste carro, fica a sensação de que Massa e os engenheiros podem ter encontrado uma solução. A Ferrari também melhorou. E o desempenho de Alonso já tinha dado sinais de melhora no GP da Espanha.
A classificação do campeonato segue equilibrada, com Alonso liderando com 76 pontos e a dupla da RBR  (Vettel e Webber) aparece logo à seguir com 73 pontos.


PIT-STOP

MCLAREN: Mais uma corrida decepcionante da Mclaren. Button irreconhecível no treino e na corrida. E Hamilton suou a camisa demais para conseguir chegar ao quinto lugar. O que se passa com a Mclaren?  Para onde foi o favoritismo apresentado no início da temporada? Sumiu! E está perdida!

PASTOR MALDONADO: Pastor Maldonado era uma das minhas apostas para vencer a corrida (a minha outra aposta era Alonso). O venezuelano havia vencido na GP2 em Mônaco e já tinha feito uma boa corrida no ano passado. Mas a manobra exagerada que culminou em toque no Sérgio Perez no treino livre de sábado acabou resultando em uma punição na perda de dez posições. Ele jogou fora qualquer possibilidade e ainda se envolveu em novo acidente durante a corrida.  Uma pena!
 
TRANSMISSÂO DA TV: A TV Globo apresentou algumas novidades na transmissão deste domingo e deve seguir com este novo formato até o final do ano. Até então, só o repórter escalado (Mariana Becker ou Carlos Gil) estava cobrindo “em loco” as etapas de Fórmula 1. Galvão, Reginaldo Leme e Luciano Burti estavam transmitindo do Brasil, no formato de transmissão em tubo.  Em Mônaco, a equipe foi deslocada para o local da corrida. A transmissão foi aberta vinte minutos antes. E a grande novidade foi a presença de Burti no grid de largada entrevistando os pilotos. Este formato atualmente é muito utilizado pela TV britânica Sky Sports. A Globo resolveu seguir este padrão de transmissão. É válida essa mudança, pois as transmissões estavam muito frias nos últimos anos (com exceção do GP Brasil, que sempre contou com uma cobertura especial). A Globo sempre teve condições de explorar mais as transmissões, mas não a fazia. Apesar de alguns erros neste domingo, considerada normal em se tratando da novidade para a equipe, é positiva o novo formato. Tomara que a Globo continue dessa maneira. O telespectador, fã da Fórmula 1, merece isso.

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