A Rede Globo resolveu escancarar aos telespectadores seu novo modo de transmitir futebol. Ao mostrar imagens do estúdio durante a exibição de algumas partidas, admitiu, publicamente, que transmite diversas pelejas no formato "off tube". Ou seja, o narrador faz a locução do jogo do estúdio, pela tela da TV, sem estar presencialmente no estádio.
Outra novidade (péssima) para quem gosta de futebol são os convidados. A cada jogo, a emissora traz um artista ou celebridade para assistir à partida junto com a equipe e fazer alguns comentários. Ou seja, irrita o telespectador fanático que, em vez de observar uma análise fria e isenta do que acontece em campo, tem o desprazer de ouvir baboseiras superficiais e fora de hora, como fez a cantora Luiza Possi, no último dia 24 de março.
Luiza Possi entrava na transmissão a todo instante, atrapalhando o narrador Cleber Machado (foto). Típico de quem não acompanha uma transmissão televisiva de futebol. Lamentável. A Globo enfia goela abaixo do telespectador tais aberrações. E prepare-se, amigo leitor! Estão chegando para a equipe Rubinho Barrichello e Ronaldo, o ex-fenômeno.
Infelizmente, a maioria da população brasileira não tem acesso à internet e nem pode pagar por uma TV por assinatura. Logo, em termos de televisão, restam as abertas e suas atrocidades midiáticas. Por isso, recomendo a você que, caso não tenha TV por assinatura, veja o jogo na emissora que desejar (Globo ou Band, que geralmente transmitem as partidas) e ouça a narração e as reportagens pelo rádio.
Normalmente, as emissoras de rádio não costumam dar espaço a muitos ex-jogadores na transmissão (exceto o sistema Globo, por razões óbvias) e são bem mais interessantes do ponto de vista da informação e até do entretenimento. Lamento profundamente a saída da rádio ESPN do dial e torço para que volte logo, pois está somente na internet e o acesso acaba ficando restrito.
Infelizmente, nos quesitos informação, opinião e transmissão do futebol, a Globo deixa muito a desejar. Se, em vez de trazer um convidado a cada partida a emissora fizesse um reality de comentaristas esportivos, por exemplo, não tenho dúvida de que seria um sucesso absoluto. Recentemente, a TV Esporte Interativo fez um reality de locutores e o resultado foi excelente.
Se a Globo tem tanto sucesso com o lixo do BBB, teria muito mais com um reality para descobrir um novo talento no comentário esportivo. E o telespectador só teria a ganhar. Mas como essas ações fazem parte de mais um capítulo do livro "Mundo perfeito e suas utopias", tal medida está, com certeza, fora de cogitação na Vênus Platinada. Repito: assista ao jogo pela TV e ouça a transmissão pelo rádio. É mais emocionante e enriquecedor. Um forte abraço.
Leandro Martins
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