segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Coluna Velocidade: Semana decisiva na Fórmula 1.





Coluna Velocidade: Semana decisiva na Fórmula 1.

Torci muito para que o campeonato não fosse decidido nos Estados Unidos.  Deu certo! Teremos a grande decisão do mundial em Interlagos, no GP Brasil. A corrida no novíssimo circuito de Austin foi bem bacana.  O traçado correspondeu bem às expectativas de pilotos e fãs que assistiram mais uma corrida com muitas ultrapassagens.  Dessa vez, na América, não houve uma adaptação de circuito, como foi em Indianápolis ou a corrida não foi em circuito de rua, como foram nos anos 80 e início dos anos 90. Os texanos prepararam e modularam um circuito de Fórmula 1 de verdade. O resultado foi um belo desafio aos pilotos e a presença de 125 mil pessoas no circuito. Belíssimo público!

O inglês Lewis Hamilton foi o único que conseguiu bater o alemão da RBR, o grande favorito a vitória. Desde o segundo lugar de Jenson Button em Cingapura, que a McLaren não chegava ao pódio. Detalhe que foi em Cingapura, o início da fase ruim da McLaren, quando Hamilton abandonou quando liderava. Hamilton marcou o segundo melhor tempo no treino classificatório, muito próximo do Vettel, 109 milésimos acima. Na corrida, Hamilton perdeu a segunda posição para Webber na largada, mas logo a recuperou na 4ª volta. Depois, Hamilton partiu para o ataque a Sebastian Vettel. Na volta 15, o inglês chegou bem próximo, próximo de meio segundo. Mas a partir da metade da vida útil dos pneus de composto médio, o desempenho da  RBR de Vettel foi superior a McLaren de Hamilton. A diferença subiu para 3,2 segundos na 20ª volta, quando Hamilton foi chamado aos boxes para a primeira e única parada para troca de pneus.  Já com os pneus  de composto duro, a história foi diferente. Hamilton voltou a se aproximar de Vettel progressivamente. Na 34ª volta, Vettel já estava na alça da mira de Hamilton novamente. Vettel foi valente, resistiu aos ataques e até marcou o melhor tempo da corrida na 36ª volta. Entretanto após alguns ensaios, na volta 42, Hamilton conquistou a liderança da prova. A manobra de ultrapassagem foi na reta oposta, zona do DRS, com a asa móvel aberta, onde Hamilton conseguia superar Vettel em quase 21 km/h de velocidade final. Depois disso, Hamilton conduziu até a bandeirada final e conquistou a quarta vitória na temporada.

Ainda da corrida, Webber mais uma vez abandonou quando estava em terceiro lugar com um problema aparentemente no KERS.  Jenson Button fez uma corrida de recuperação já que largou da 12ª posição, mas conseguiu finalizar em 5ª lugar, após bom duelo com Kimi Raikkonen na 46ª volta. Felipe Massa, que tinha se classificado em 6ª lugar, mas a Ferrari fez uma “manobra” para ajudar Alonso a ganhar mais uma posição no grid e posicioná-lo no lado melhor da pista para largada, conseguiu finalizar em 4ª lugar, em mais uma boa corrida do brasileiro. Para quem não está ciente,  a manobra da Ferrari foi apenas quebrar um lacre da caixa de câmbio do carro do brasileiro após o treino classificatório. Com essa “ação” o brasileiro acabou recebendo uma punição e teve que largar da 11ª posição.  Foi uma providência para manter Alonso na luta pelo campeonato. Ainda sobre o Alonso, o espanhol trabalhou bem na largada ao alcançar a quarta posição. Depois ele herdou a terceira posição com abandono de Mark Webber e pilotou mais tranquilo até o final da corrida.

Graças aos acontecimentos no GP dos Estados Unidos, essa semana se tornou o momento decisivo no campeonato e melhor, a decisão ficou para o Brasil. Vettel continua mostrando superioridade técnica. Com exceção da corrida de Abu Dhabi, Alonso andou atrás de Vettel. Existe a chance de Interlagos  propiciar melhores condições para a Ferrari. Alonso apesar da dificuldade que se estabeleceu, não declinou em nenhum momento e sempre manteve a garra. O espanhol tem sido osso duro de roer! Sebastian Vettel   ainda é o favorito e reúne as melhores condições para vencer. Vettel tem a confortável vantagem de 13 pontos e pode terminar em 4º lugar, mesmo que Alonso vença. Alonso deposita a esperança de que Interlagos pode ter variações climáticas, como chuva que pode ajudá-lo no momento de decisão e por que não contar com um problema mecânico na RBR? Mesmo em desvantagem, Alonso é aquela pedra que insiste em não sair do sapato de Vettel! E Vettel já provou que sabe lidar bem com momentos de pressão e decisão.

Final de campeonato em Interlagos: Tudo pode acontecer! 

Nenhum comentário:

Postar um comentário