Coluna Velocidade: Na Coreia, “Psy Vettel” domina e assume a liderança
do mundial.
Repetindo muito do roteiro do GP passado
no Japão, Vettel mais uma vez dominou o final de semana na Coreia. Em todos os
treinos, o alemão da RBR não deu a menor chance para a concorrência. Só no Q3
do treino classificatório, Webber, na segunda tentativa, superou Vettel e conquistou a pole position. Vettel só perdeu
essa por que o circuito coreano é travado no último setor e ele encontrou pela
frente Felipe Massa mais lento.
Porém, na largada, Vettel não deu
colher de chá para o companheiro de equipe dele e assumiu a liderança da
corrida para permanecer neste posto até o fim. O “inalcançável” alemão sequer
foi ameaçado por Webber e por qualquer outro piloto. Com meia prova, a
diferença entre Vettel e Webber chegou a casa dos 9 segundos. Daí pra frente, o
alemão da RBR administrou a vantagem para ser o primeiro a receber a
quadriculada das mãos do fenômeno da música sul-coreana Psy na linha de
chegada. Essa foi a 25ª vitória na Fórmula 1 e a terceira vitória consecutiva,
que se no GP de Cingapura foi beneficiado pelo abandono de Lewis Hamilton no
momento que a McLaren estava muito forte, no Japão e na Coreia foi de domínio
pleno, um verdadeiro passeio lembrando o auge que Vettel atingiu no campeonato do
ano passado. Enfim, a liderança passou
para as mãos de Vettel, agora com vantagem de 6 pontos para Alonso. O placar do
campeonato está 215 pontos para Vettel, 209 pontos para Alonso.
O GP da Coreia do Sul realizada
no circuito de Yeongam foi mais movimentado que no Japão. O circuito coreano é
meio fora dos padrões dos circuitos da Fórmula 1. Com mureta de proteção muito
próximo da pista em alguns pontos do circuito, sem grandes áreas de escape, especialmente
na reta oposta. Aliás, a reta oposta, com o aumento da área de acionamento do
DRS (asa móvel) foi agitada com inúmeras ultrapassagens. O trecho final é de
uma característica especial com uma sequência interminável de curvas e bem
travado. O que obriga o piloto a não errar a sequência para não comprometer a
velocidade na reta principal. Houve alguns bons “pegas” entre Hamilton e
Raikkonen, Hulkenberg, Grosjean e Pérez e é claro, a turma do barulho do fundão
Vergne e Ricciardo. Massa também executou boas ultrapassagens no começo da
corrida que o levou para a quarta posição. Nico Hulkenberg foi mais uma vez o
destaque na corrida e alcançou uma boa sexta colocação. Já a McLaren, mais um
final de semana para esquecer. Button deu adeus a corrida pouco depois da
largada, quando Kobayashi o acertou na curva que sucede a reta oposta. Lewis
Hamilton, após a largada de tirar o fôlego, passou a primeira parte no quinto posto,
se defendendo com unhas e dentes dos ataques de Raikkonen. Mas o britânico
perdia muito desempenho no final da vida útil dos pneus e na parte final da
corrida foi obrigado a realizar uma parada extra nos boxes (3 paradas) e cair na
classificação final, décima colocação.
Alonso fez boa corrida dentro das
condições que o carro da Ferrari lhe oferecia. O espanhol largou da quarta
posição e fez uma largada arrojada para ficar posicionado imediatamente atrás
da RBR. Alonso perdeu muito rendimento na segunda metade da corrida. A vantagem
de Alonso para sobrevivência da terceira colocação foi que Massa progrediu bem
e se colocou imediatamente atrás do espanhol na quarta posição. O brasileiro
mesmo com carro superior diminuiu o ritmo para assegurar a terceira posição de
Alonso. Felipe, que largou da sexta colocação, fez a melhor corrida do ano, considerando
o ritmo de prova dele. O brasileiro e a equipe Ferrari parecem ter encontrado
uma solução para o problema de perda de desempenho que era provocado por desgaste excessivo nos pneus traseiros na metade da vida útil. Massa mostrou bem
mais consistência e por várias vezes era o mais rápido da pista. É muito bom que Felipe Massa voltou a adquirir
confiança. E a Ferrari fez o que podia fazer por Alonso. Para o campeonato,
Alonso e Ferrari vão ter que tirar um coelho da cartola para superar o fenômeno
Vettel. Será que ambos conseguem? Ou Alonso terá que contar mais uma vez com a principal aliada, a sorte?
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