domingo, 14 de outubro de 2012

Coluna Velocidade: Na Coreia, “Psy Vettel” domina e assume a liderança do mundial.




Coluna Velocidade: Na Coreia, “Psy Vettel” domina e assume a liderança do mundial.

Repetindo muito do roteiro do GP passado no Japão, Vettel mais uma vez dominou o final de semana na Coreia. Em todos os treinos, o alemão da RBR não deu a menor chance para a concorrência. Só no Q3 do treino classificatório, Webber, na segunda tentativa, superou Vettel  e conquistou a pole position. Vettel só perdeu essa por que o circuito coreano é travado no último setor e ele encontrou pela frente Felipe Massa mais lento.

Porém, na largada, Vettel não deu colher de chá para o companheiro de equipe dele e assumiu a liderança da corrida para permanecer neste posto até o fim. O “inalcançável” alemão sequer foi ameaçado por Webber e por qualquer outro piloto. Com meia prova, a diferença entre Vettel e Webber chegou a casa dos 9 segundos. Daí pra frente, o alemão da RBR administrou a vantagem para ser o primeiro a receber a quadriculada das mãos do fenômeno da música sul-coreana Psy na linha de chegada. Essa foi a 25ª vitória na Fórmula 1 e a terceira vitória consecutiva, que se no GP de Cingapura foi beneficiado pelo abandono de Lewis Hamilton no momento que a McLaren estava muito forte, no Japão e na Coreia foi de domínio pleno, um verdadeiro passeio lembrando o auge que Vettel atingiu no campeonato do ano passado.  Enfim, a liderança passou para as mãos de Vettel, agora com vantagem de 6 pontos para Alonso. O placar do campeonato está 215 pontos para Vettel, 209 pontos para Alonso.

O GP da Coreia do Sul realizada no circuito de Yeongam foi mais movimentado que no Japão. O circuito coreano é meio fora dos padrões dos circuitos da Fórmula 1. Com mureta de proteção muito próximo da pista em alguns pontos do circuito, sem grandes áreas de escape, especialmente na reta oposta. Aliás, a reta oposta, com o aumento da área de acionamento do DRS (asa móvel) foi agitada com inúmeras ultrapassagens. O trecho final é de uma característica especial com uma sequência interminável de curvas e bem travado. O que obriga o piloto a não errar a sequência para não comprometer a velocidade na reta principal. Houve alguns bons “pegas” entre Hamilton e Raikkonen, Hulkenberg, Grosjean e Pérez e é claro, a turma do barulho do fundão Vergne e Ricciardo. Massa também executou boas ultrapassagens no começo da corrida que o levou para a quarta posição. Nico Hulkenberg foi mais uma vez o destaque na corrida e alcançou uma boa sexta colocação. Já a McLaren, mais um final de semana para esquecer. Button deu adeus a corrida pouco depois da largada, quando Kobayashi o acertou na curva que sucede a reta oposta. Lewis Hamilton, após a largada de tirar o fôlego, passou a primeira parte no quinto posto, se defendendo com unhas e dentes dos ataques de Raikkonen. Mas o britânico perdia muito desempenho no final da vida útil dos pneus e na parte final da corrida foi obrigado a realizar uma parada extra nos boxes (3 paradas) e cair na classificação final, décima colocação.

Alonso fez boa corrida dentro das condições que o carro da Ferrari lhe oferecia. O espanhol largou da quarta posição e fez uma largada arrojada para ficar posicionado imediatamente atrás da RBR. Alonso perdeu muito rendimento na segunda metade da corrida. A vantagem de Alonso para sobrevivência da terceira colocação foi que Massa progrediu bem e se colocou imediatamente atrás do espanhol na quarta posição. O brasileiro mesmo com carro superior diminuiu o ritmo para assegurar a terceira posição de Alonso. Felipe, que largou da sexta colocação, fez a melhor corrida do ano, considerando o ritmo de prova dele. O brasileiro e a equipe Ferrari parecem ter encontrado uma solução para o problema de perda de desempenho que era provocado por desgaste excessivo nos pneus traseiros na metade da vida útil. Massa mostrou bem mais consistência e por várias vezes era o mais rápido da pista.  É muito bom que Felipe Massa voltou a adquirir confiança. E a Ferrari fez o que podia fazer por Alonso. Para o campeonato, Alonso e Ferrari vão ter que tirar um coelho da cartola para superar o fenômeno Vettel. Será que ambos conseguem? Ou Alonso terá que contar mais uma vez com a principal aliada, a sorte?

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