quarta-feira, 14 de março de 2012

O homem? Ora, o homem...


Salve, salve, amigo e amiga do Esporte na Rede! 

Como você bem sabe, não estarei presente no nosso programa semanal da UPTV por conta de outras atividades, porém estarei por aqui dando meus pitacos.

Escreverei hoje sobre um fato que foi e está sendo muito comentado nesta semana. Não, não é sobre o Ricardo 'Palpatine' Teixeira, tema número um de dez em cada dez programas de esporte, mas escreverei sim sobre o segundo assunto mais falado: Adriano, o Imperador sem império.

Antes de qualquer coisa, não vou seguir a linha que alguns trilham ao reduzir o assunto à suposta falta de vergonha na cara, malandragem, coisa de carioca (que horror!) e outras bobagens do tipo.

É público e notório que desde que seu pai morreu, Adriano ficou sem direção. Olhando com um pouco de atenção percebe-se que o rapaz passa já há muito tempo por uma falta de controle e por mais estranho que possa parecer para muitos é exatamente pelo motivo contrário que muitos 'entendidos da vida' acreditam: por simplicidade, quase uma pureza e não pilantragem, malandragem!

É só acompanhar as notícias. No Rio, quando tinha um brechinha que fosse, para onde Adriano ia? Para a Vila Cruzeiro! Em São Paulo, após sair do confinamento no CT corinthiano foi aonde? Na Vila Cruzeiro, mas dessa vez na periferia paulistana. O que isso quer dizer? Bom, para mim significa que ele é um homem simples, que não está sabendo lidar com o império que tem (ainda) em suas mãos.

Após a Copa do Mundo de 2002, São Marcos que acabara de ser campeão pelo Brasil, tinha tudo certo para jogar no Arsenal da Inglaterra e surpreendeu a todos quando recusou a oferta. 

Lembro-me muito bem de sua entrevista, se não me engano para a rádio Jovem Pan de São Paulo, dizendo entre muitas coisas o seguinte: "Eu saí de Oriente (cidade natal do goleiro no interior paulista) para ser campeão no Palmeiras e agora na Seleção Brasileira. Vou fazer o que em Londres? Já fui muito longe. Vou ficar por aqui mesmo.". 

Uma atitude impensável para a maioria das pessoas. Uma atitude que mostra algo para mim. O amor por si mesmo em primeiro lugar. Amor por aquilo que realmente lhe fará feliz.

Infelizmente, para Adriano, ele não tem a condição psicológica que o velho Marcão tem para tomar suas decisões. Quando converso com meus irmãos sobre o jogador, costumo dizer que ele não tem amigos. Repito: a morte do pai foi, para mim, determinante para a onda de tristeza, depressão e problemas que vem seguindo o outrora Imperador.

A máquina do futebol (da vida), máquina de resultados para ontem, de dinheiro rápido e farto, da badalação, de mulheres fáceis, de bajuladores e falsos amigos pode triturar um homem que não souber muito bem onde está pisando. E Adriano está com grande venda nos olhos.

Agora o Flamengo, time que por motivos inexplicáveis contrata importantes jogadores apesar de não pagar em dia e muitas vezes não pagar de jeito nenhum, disse que está de portas abertas para ele. 

Será esta a melhor solução para o rapaz de Vila Cruzeiro? Um clube que há muito tempo não preza pelo profissionalismo, onde o oba oba se mistura com a rotina dos jogadores, e pior, onde está Ronaldinho Gaúcho que não é jogador já faz muito tempo (e parece não se importar com isso) é a melhor opção para alguém que precisa de ajuda emocional, psicológica?

Mas talvez, eu esteja me preocupando à toa. Afinal o que conta é o clube e o jogador, o fazedor de gols. O homem? Ora, o homem...

E você? O que pensa de tudo isso?

A voz agora, é sua!

Grande abraço!

2 comentários:

  1. Parabéns pelo post, muito sucinto, porém enchergou algo que a maioria não vê.
    Se não verem logo o homem Adriano, logo não terá mais o jogador Adriano.

    Diego Soares.

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  2. Obrigado, Diego! É aquilo: o mais tolo é aquele que não enxerga o óbvio. Valeu e continue coma gente!

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